sexta-feira, 23 de agosto de 2013

Quando se foi, não deixou palavras, apenas fechou a porta com as malas nas mãos, ergueu a cabeça e levou consigo meus cinco meses de entrega, meus quatro anos de incerteza.
Disse ser meu anjo, meu amigo, meu elo com o delírio de um suspiro virgem.
No fim, foi meu fel, minhas lágrimas, meus sonhos, realidade sem piedade.
Por um tempo perdida em mim, em ti, busquei nas linhas hieroglíficas mais do que já conhecia, decifrei cada palavra com tanta sede, quis somente encontrar forças para achar as chaves que me libertariam do seu domínio.
Por um tempo aceitei suas táticas, jogos perigosos que acertaram um único coração...Como pode ser tão cruel com alguém tão inexperiente? Quantas mentiras me fez acreditar, para apenas sair por uma porta sem deixar nenhuma pista de onde está?
Não faço ideia de quando me viu como alguém que não poderia viver sem ti. Minha intuição diz que não demorará a reencontrá lo, espero que ela esteja enganada, espero que nenhum dos meus esforços para esquecer, dilacerando meu minha alma com todas as suas mentiras, seus desafetos e demonstrações do verdadeiro nada que fomos. Você nunca vai saber o quanto o amei! Nunca saberá o quanto sofri!
Não, minha fraqueza não irá cobri lo de segurança, nem mesmo se apresentará, pois esta escondi como um verdadeiro tesouro.
Como a chuva lava as ruas neste fim de Agosto, assim é o meu coração...sem suas memórias, sem nós...


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