quarta-feira, 14 de maio de 2014

Mergulho em mim


Nem sei como colocar em palavras o vendaval que passou por mim, quase derrubou todo o meu castelo, minha integridade, valores, meu eu.
Nem sei como descrever tamanho abalo para alguém, como eu, que sempre jugou ser forte, equilibrada e zelosa para com as minhas convicções... Fiel!
Logo eu, que aprendi a amar sem me entregar ao improvável. Tão cuidadosa com tudo, com todos, com o meu coração.
Lembro me de,  ansiosamente, puxar o ar, como se não restasse mais nada em meus pulmões. Talvez um último suspiro de adeus, adeus que não acontecia ao final de tanto esforço. Imaginando, ingenuamente, que ao fim abriria os meus olhos, sondaria meu coração em busca do seu rastro para apenas constatar que não habitava mais em mim. Sonhadora, sim fui! Em todas as lentas e e dolorosas tentativas.
Hoje, um ano ou mais, posso falar, tentar lembra, pois muita coisa se foi, muitas memórias sumiram juntamente com a sua presença em mim.
Os joelhos, outrora, tropeços estão aos poucos sendo fortalecidos, sim, aos poucos, pois você foi nada mais que a consequência de anos de silêncio. Um rompante de rebeldia e "liberdade".
Não o condeno, não o julgo, sei que é bom, apenas não é o melhor para mim!
No fundo sempre soube disso, era/é uma certeza quase que palpável.
É como dizem: "não adianta tentar apagar a fumaça se não atingir o foco do incêndio". Questões resolvidas, coração preenchido com o que o alimentará sem dores, sem lamentos, sem duelos eternos.
Cada vez que observo meu reflexo no espelho reconheço a pessoa que fui, em muitos traços, mas também a que me tornei. Com falhas, esperanças, sonhos e um coração pronto para a próxima etapa, ou desafio, um "amor destes de cinema" cheios de reviravoltas e respeito, cumplicidade mútuos.
Uma nova etapa
Um novo livro
Um coração
A minha alma está pronta, mais intensa e árdua que outrora.

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