quarta-feira, 16 de janeiro de 2019

Sentido

Penso sempre no avesso, nas respostas para situações que afligem meu coração, ou cotidiano.
O contrário é certo, o certo tornou-se sinônimo de fragilidade.
Qual é o sentido?Como viver entre tantos limites?
Por onde anda a razão?
Em cinco anos desconstruí-me, afastei me o máximo que pude, sem me perder totalmente. Sem trilha, sem luz, apenas para compreender que ser adulta é uma completa loucura.
Quis tanto crescer, saber, ser... Agora penso no que poderia fazer sem tanta sede de algo que não era pra mim.
Sem volta, sem "rebobinar a vida", penso que a leveza do ser está na sua infância.
Entre as quatro paredes sou mais completa.
Embriago me da simplicidade da vida.
Na sua presença e "ausências" sou guardada. E às vezes, ou quase sempre penso que entre Nós sou emoção e razão, desbravo cada nuance de mim mesma, reviro me e reinvento cada detalhe do que desejo, somos, seríamos e enfim, imagino.




quarta-feira, 9 de janeiro de 2019

Seletiva

Deixei de acreditar
Livrei-me dos "se"
Voltei a ter fé
Espalhei meus sentimentos sobre a mesa, acompanhada por doses de lágrimas e risos histéricos.
Despenquei, despi-me de toda sorte de justificativas, para simplesmente peneirar-me.
Entendi que com a vivência e idade que conquistamos, alguns devaneios não condizem. São incompatíveis.
Entendo que palavras vêm e vão. O que as determinam são as atitudes. Todavia, uma ação descompassada não determina, nem apaga o histórico de alguém.
Para ajudar a "emaranhar" as questões entendi que um acontecimento não define quem é bom ou mau 100%, porque, dependendo da situação, somo capazes de cometer o mesmo erro, ou passar muito, muito perto dele.
Nascemos da falha, somos completamente desfragmentados e corrigidos a cada dia, nunca alcançaremos a perfeição.
Então, resolvi ser maleável, nada de analisar demasiado, ou questionar tudo.
Com o tempo nos tornamos seletivos com tudo.
Nem tudo me convém... Não preciso viver loucamente, não preciso aprisionar-me por alguém,
Ou a interpretação de quem sou aos olhos de outrem.Sim, deixei de me preocupar tanto com a visão do outro sobre mim, mas seleciono quem deve usufruir da minha liberdade, da minha gargalhada, daquele pensamento tão doido e tão solto.
Antes brincava sem pensar muito, estava de bobeira, hoje cada palavra é registrada em quem ouve. Assim, faço do silêncio meu melhor amigo, mesmo porque, não preciso opinar sempre.
Antes eu comia muitas besteiras, hoje penso quando comer algo que não será de grande vália ao meu corpo.
Antes acompanhava alguém em suas atividades para estar perto e agradar, hoje aprendi a respeitar meus desejos, sei dizer não. Mas entendo quando se faz necessária a presença, sem ir contra a minha vontade.
É o mesmo que selecionar, ou filtrar as palavras que absorvemos. Algumas aram a terra e  a faz crescer saudável, outras deixam o solo infértil.
P.S.: Compreendi o mais obvio e confuso de tudo, nem todos entendem o que dizemos, isso depende de como está o coração da pessoa, suas cicatrizes.
Não está fácil viver, até a esperança encher, mais um vez, o coração e dizer que ainda é possível ser compreendido e viver sem tamanhas restrições.
Isso é completamente natural e construtivo.
 Quando a liberdade e a segurança andam de mãos dadas, quando somos seletivos, silenciosos, hoje... somos livres.(²)


P.S.2: Dentro do meu contextos.