segunda-feira, 18 de fevereiro de 2013

Por onde andei

"Eu jamais chegaria aonde cheguei se só andasse em linha reta. Tive que voltar atrás, andar em círculos, perder dias, perder o rumo, perder a paciência e me exaurir em tentativas aparentemente inúteis pra encontrar um quase endereço, uma provável ponte: a entrada do encontro. Acertei o caminho não porque segui as setas, mas porque desrespeitei todas as placas de aviso"
[Marla de Queiroz]

http://www.youtube.com/watch?v=j2_0GJV-ZMQ

sábado, 16 de fevereiro de 2013

Nunca foi

Reinvente o que acreditou ser parte de você. O que se foi, na verdade, nem ao menos se importou em estar. Não chegou a completar um ciclo, porque ser um erro, uma anomalia, uma peça que pulou do tabuleiro e parou em um outro jogo,por ser peça ocupou um lugar. Que não era o seu,mas foi descoberto, tachado e reinstalado ao seu lugar.
Reinventar seria voltar ao ponto ao qual você não tocou, ou pensou em chegar perto. O ponto onde tudo era tão puro, tão certo e intocável. Uma estrutura sólida, sem a mínima rachadura do tempo, das decisões, da falta de fé e esperança.
O caminho das Veredas...Outro dia li que a melhor música e livro são os que levam de volta para casa. Acreditei em cada palavra, pois o estar bem é se sentir segura e feliz, ainda que não seja algo constante,mas que está lá, assim como as estrelas. O céus pode não estar estrelado,mas tenha a plena convicção que elas sempre estarão lá.
Você nunca trouxe uma coisa ou outra,nunca houve o poder de me fazer fantasia, acreditar na realização de sonhos. Sonhos novos, sonhos secretos, ou sonhos só sonhos.
Tentei desesperadamente me agarrar ao que não existiu.
Agarrei me a mim, a ti, ao nada, ao além...Descobri 2 únicos mundos, em nenhum deles você apareceu.
Deixo aqui o meu adeus. A minha vontade vã, a minha, tão citada, lealdade, O meu fel. 

terça-feira, 5 de fevereiro de 2013

Saudade dói




Trancar o dedo numa porta dói.
Bater com o queixo no chão dói.
Torcer o tornozelo dói.
Um tapa, um soco, um pontapé, doem.
Dói bater a cabeça na quina da mesa, dói morder a língua,
dói cólica, cárie e pedra no rim.
Mas o que mais dói é a saudade.

Saudade de um irmão que mora longe.
Saudade de uma cachoeira da infância.
Saudade de um filho que estuda fora.
Saudade do gosto de uma fruta que não se encontra mais.
Saudade do pai que morreu, do amigo imaginário que nunca existiu.
Saudade de uma cidade.
Saudade da gente mesmo, que o tempo não perdoa.
Doem essas saudades todas.

Mas a saudade mais dolorida é a saudade de quem se ama.
Saudade da pele, do cheiro, dos beijos.
Saudade da presença, e até da ausência consentida.
Você podia ficar na sala e ela no quarto, sem se verem, mas sabiam-se lá.
Você podia ir para o dentista e ela para a faculdade, mas sabiam-se onde.
Você podia ficar o dia sem vê-la, ela o dia sem vê-lo, mas sabiam-se amanhã.
Contudo, quando o amor de um acaba, ou torna-se menor,
Ou quando alguém ou algo não deixa que esse amor siga,
Ao outro sobra uma saudade que ninguém sabe como deter.
Saudade é basicamente não saber.
Não saber mais se ela continua fungando num ambiente mais frio.
Não saber se ele continua sem fazer a barba por causa daquela alergia.
Não saber se ela ainda usa aquela saia.
Não saber se ele foi na consulta com o dermatologista como prometeu.
Não saber se ela tem comido bem por causa daquela mania
de estar sempre ocupada;
se ele tem assistido às aulas de inglês,
se aprendeu a entrar na Internet
e encontrar a página do Diário Oficial;
se ela aprendeu a estacionar entre dois carros;
se ele continua preferindo Malzebier;
se ela continua preferindo suco;
se ele continua sorrindo com aqueles olhinhos apertados;
se ela continua dançando daquele jeitinho enlouquecedor;
se ele continua cantando tão bem;
se ela continua detestando o MC Donald's;
se ele continua amando;
se ela continua a chorar até nas comédias.

Saudade é não saber mesmo!
Não saber o que fazer com os dias que ficaram mais compridos;
não saber como encontrar tarefas que lhe cessem o pensamento;
não saber como frear as lágrimas diante de uma música;
não saber como vencer a dor de um silêncio que nada preenche.
Saudade é não querer saber se ela está com outro, e ao mesmo tempo querer.
É não saber se ele está feliz, e ao mesmo tempo perguntar a todos os amigos por isso...
É não querer saber se ele está mais magro, se ela está mais bela.
Saudade é nunca mais saber de quem se ama, e ainda assim doer;

Saudade é isso que senti enquanto estive escrevendo e o que você,
provavelmente, está sentindo agora depois que acabou de ler...
Miguel Falabella

sábado, 2 de fevereiro de 2013

Silêncio

"Não tem jeito! Gosto do silêncio, gosto das entrelinhas que eles deixam, gostos dos segredos que protegem, gosto de ser a ideia na sua mente, do andar em terras desconhecidas, de tudo o que ainda posso descobrir, da emoção das descobertas, das minhas reações a elas.
O silêncio move cada célula do meu corpo em busca do desconhecido."
by myself


"Aprendi a conhecer seu silêncio
e entender seu dicionário mudo, apenas
pelo seu olhar; não preciso de palavras
para saber sobre você e sei que
você também não precisa delas pra me entender
pois,sabemos o que sentimos..."

Francisco Manuel